Quantas vezes não chegamos ao final de uma longa semana de trabalho, repleta de preocupações e responsabilidades, e dizemos a nós mesmos: “não tenho tempo para nada”? No entanto, quando falamos de tempo pensamos basicamente em nossas prioridades, e principalmente no que ganhamos investindo nossa energia nessas. O problema é que nem sempre paramos para refletir sobre o preço que pagamos para manter nossa rotina de estudos, trabalho, relacionamento, dentre outros. Por vezes, podemos nos pegar nos esforçando ao máximo para manter estas coisas, e isso acaba por gerar muita dor de cabeça, estresse e fadiga não apenas física, como também mental.
Algumas pessoas também encaram suas atividades como obrigações, e sequer admitem a possibilidade de não dar conta de uma coisa ou outra, quase como se o fizessem, estariam fracassando completamente.
Acontece que muitos de nós vivemos como se fôssemos máquinas, e esquecemos que somos na verdade seres humanos. Freud já dizia: “somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro”. Portanto, temos limites e podemos (nos permitir) errar de vez em quando, até porque “errar é humano”.
Na clínica, vemos com bastante frequência pessoas com grande sofrimento por se cobrarem de mais e com o desejo de dar conta de tudo. Em alguns casos, não se permitem sequer demonstrar que estão cansadas, tristes, ou se permitirem um momento ou outro de descanso e lazer.
A questão, é que as vezes gastamos energia demais com coisas que talvez nem sejam tão importantes assim, ou pelo menos, não mais importantes que a nossa saúde mental. Quando paramos para refletir sobre isto, podemos entender melhor nossas escolhas, e quem sabe até mudar nossos caminhos para direções mais satisfatórias e prazerosas.
Mas e você, já se perguntou para onde vai seu tempo?